terça-feira, 19 de abril de 2011

Física no tênis: Força de atrito.

    A força de atrito é aquela exercida por duas superfícies deslizando em contato. Dito isso, podemos estabelecer relações ente essa força e os efeitos gerados pela interação bola-cordas da raquete.
   Dois dos principais e mais usados efeitos no tênis moderno são o slice ou underspin, que é o efeito que faz a bola gira ao contrário (para dentro) e o top spin, que faz com que a bola gire para frente (fora).Obs: além desses dois efeitos há um, também muito usado e importante, o flat, porém, por ser, basicamente, uma batida reta na parte de trás da bolinha, esse efeito não faz com que a bola gire tanto, pois o contato é muito rápido e retilíneo, diminuindo muito o atrito com a bola e fazendo com que a força de atrito seja menos significante.
    O slice ou underspin (ao lado) é conseguido através de um movimento "cortado", ou seja, a raquete vem de cima pra baixo para atingir a bola. Esse movimento gera atrito entre a bolinha e as cordas da raquete fazendo com que a bolinha gire mais (e para trás).Quanto mais acentuado for o movimento, maior vai ser a quantidade de slice colocada na bola.
    O top spin, como o nome sujere (top= topo; spin= efeito), é conseguido com um movimento de cabeça da raquete vindo de baixo pra cima e muito rápido, quase como se o jogador estivesse "penteando" a bola com as cordas da raquete. Esse movimento (em que a bolinha gira para frente) é obtido pelo atrito entre as cordas da raquete e a bolinha (assim como no slice, porém no sentido oposto). Esse efeito pode ser acentuado se a velocidade da cabeça da raquete for maior e se o jogador "entrar" na bola de um ponto mais baixo.
Top spin ( ao lado)
    Podemos também falar do atrito entre a bola e a quadra  no momento do quique: quando o efeito é o  slice, a bola quica e abaixa, pára ou até volta em direção ao jogador que fez a batida, dependendo da quantidade de slice na bola, isso acontece porque, por girar ao contrário, ao entrar em contato com a quadra, a força de atrito entra em ação; já com o top spin, onde a bola gira para frente, ao entrar em contato com a quadra (que obviamente não se move), a bola quica, sobe e ganha velocidade (no top spin, a bola viaja mais devagar enquanto está no ar, e ao quicar acelera); o flat nesse caso tende a quicar e manter altura e velocidade quase as mesmas, pois não há a interferência do giro exagerado da bola em um sentido ou em outro. Esses efeitos são mais ou menos efetivos dependendo do piso da quadra (ex: no saibro o top spin e o slice são maximizados e mais efetivos).
    Podemos mencionar também a ação da força de atrito nos jogadores, pois é o atrito que permite que nos desloquemos e, inclusive, para facilitar e fazer desse deslocamento o mais natural e seguro (contra torções e outras lesões), os tenis usados tem solados específicos pra cada tipo de piso (ex: saibro, grama, cimento).
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
                         
                                                                                                         

Física no tênis: 1ª e 2ª leis de Newton: Inércia e Princípio Fundamental da Dinâmica.

    Os conceitos físicos são extremamente claros no jogo de tênis, nessa postagem vamos observar algumas aplicações da inércia na prática desse esporte.
    Levando-se em conta que a lei da inércia diz que um corpo parado tende a ficar parado e um corpo em movimento tende a ficar em movimento, fica claro que a bolinha quando esta em movimento aproximando-se do jogador está em estado de inércia (corpos em movimento tendem a permanecer em movimento). Ao chegar a certa distância do jogador, a bola é rebatida. É aí que observamos a dinâmica, que é, basicamente, a quebra da inércia. Quando rebate a bola, o jogador, exerce uma força contraria a a velocidade (inércia) da bola. Essa força exercida pelo jogador estabelece, por sua vez, uma nova relação de inércia (após a força exercida a bola vai "sozinha" para o outro lado sob a ação da velocidade).
   Se observarmos mais um pouco, veremos que também há a presença da inércia e dinâmica no backswing (ato de trazer a raquete para trás), explicando melhor: no forehand, por exemplo ao puxar a raquete para trás, o jogador, quebra a inércia da raquete que estava parada exercendo força para puxar a raquete, ao entrar em movimento, a raquete, ingressa em um estado de inércia ( isso porque após a força do puxão, o jogador, deixa que a velocidade, gerada pela força exercida e , por fim, a gravidade levem a raquete até o fim do backswing). Esse estado de inércia permanece até o ponto em que a raquete do jogador fica voltada verticalmente para o chão, é nesse ponto que o jogador, novamente, exerce uma força (para trazer o braço para frente até o ponto de contato) que quebra a inércia da raquete, parando, assim, seu movimento (de backswing) e iniciando outro (movimento para frente até o contato).

Forehand:

quarta-feira, 2 de março de 2011

Nóis no Blog - Tênis

As tecnologias presentes no tênis não são apenas "concretas", como por exemplo o tênis, a raquete, a rede, a bola, o placar, etc. São também as técnicas instituídas (por isso o "técno" (técnica) - "logia" (estudo), então "estudo da técnica"). O modo de bater na bola, os movimentos, o treinamento, tudo isso é tecnologia. 
Veja ao lado alguns dos movimentos que aparecem no tênis.